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Suspensão de Avisos Vermelhos da Interpol no Brasil

Nossos advogados internacionais especializados em casos da Interpol possuem ampla experiência no sucesso da contestação e remoção de avisos vermelhos (Red Notice), bem como na proteção dos dados dos clientes na base da Interpol. Desenvolvemos estratégias jurídicas individuais que ajudam a minimizar riscos para pessoas abrangidas por avisos vermelhos, considerando a legislação do Brasil e normas internacionais.
 Nossa experiência permite que os clientes continuem sua vida normal, administrem negócios e viagem, mesmo na presença de um aviso ativo da Interpol ou sua disseminação. Especial atenção é dada ao cumprimento das normas brasileiras, incluindo a Constituição e a Lei nº 13.869/2019 sobre crimes de órgãos públicos e procedimentos de extradição.

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O que é um Aviso Vermelho da Interpol?

Os avisos vermelhos da Interpol são uma das ferramentas mais importantes de cooperação internacional no combate ao crime. Eles destinam-se a localizar pessoas suspeitas ou acusadas de crimes graves fora do país onde foram cometidos. No Brasil, um aviso vermelho pode servir de base para a prisão de uma pessoa de acordo com a legislação nacional, incluindo o artigo 5º da Constituição, que regula os direitos individuais, e a Lei nº 6.815/1980 sobre o status de estrangeiros, que regula os procedimentos de extradição.

 Um aviso vermelho é um documento eletrônico publicado pelo Secretariado Geral da Interpol, contendo informações sobre a pessoa procurada:

  • Nome completo e data de nascimento;
  • Nacionalidade;
  • Natureza das acusações;
  • Foto;
  • País solicitante.

No Brasil, a publicação de um aviso não leva automaticamente à extradição — a decisão cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF), que avalia o cumprimento das normas internacionais e nacionais, incluindo as garantias de direitos humanos.

Impacto dos avisos vermelhos sobre cidadãos e residentes do Brasil


O aviso vermelho funciona como alerta para as autoridades policiais dos países membros da Interpol sobre a necessidade de atenção especial em relação a determinada pessoa. No Brasil, o aviso pode resultar em:

  • Prisão da pessoa indicada no aviso ao tentar atravessar a fronteira;
  • Congelamento de contas bancárias e ativos financeiros;
  • Restrições à atividade profissional e empresarial;
  • Prejuízos à reputação e pressão social.

É importante compreender que o aviso vermelho não constitui automaticamente motivo para detenção ou extradição — todas as decisões são tomadas considerando a Constituição do Brasil, a Lei de status de estrangeiros e os padrões internacionais de proteção aos direitos humanos.

Principais documentos jurídicos que regulam os avisos vermelhos no Brasil


A atividade da Interpol no Brasil é regulada por diversos atos normativos internacionais e nacionais, que garantem legalidade, transparência e proteção dos direitos humanos na cooperação internacional no combate ao crime.

  • Estatuto da Interpol — documento internacional fundamental que define os objetivos da organização, principais deveres e regras de neutralidade. De acordo com o Estatuto, a atividade da Interpol deve basear-se no respeito aos direitos humanos e na não intervenção nos assuntos internos dos estados. Para o Brasil, isso significa que quaisquer solicitações de avisos vermelhos ou extradição devem observar as normas jurídicas nacionais, incluindo a Constituição e a Lei de status de estrangeiros. O Estatuto também estabelece princípios de processamento de dados, obrigatórios para todos os países membros, incluindo a preservação da confidencialidade e precisão das informações.
  • Comissão de Controle de Arquivos (CCF) — órgão independente da Interpol responsável por verificar a legalidade do processamento de dados pessoais e solicitações de avisos vermelhos. A CCF avalia a conformidade das ações dos escritórios nacionais e órgãos da Interpol com os padrões internacionais e procedimentos internos da organização. No Brasil, isso é especialmente importante, pois a CCF garante a proteção dos direitos dos indivíduos, previne possíveis abusos e controla a correção da inserção de dados na base internacional. Advogados especializados em casos da Interpol atuam diretamente com a CCF, apresentando solicitações de verificação, contestação ou remoção de avisos.
  • Lei nº 6.815/1980 — principal lei nacional que regula o status de estrangeiros, questões de extradição e cooperação internacional. Estabelece regras para a transferência de pessoas acusadas ou condenadas por crimes entre estados, considerando o princípio da dupla criminalidade (ou seja, o ato deve ser punível tanto no Brasil quanto no país solicitante). Esta lei também garante a observância dos direitos humanos no processo de extradição, incluindo direito à defesa, julgamento justo e possibilidade de recurso.
  • Lei nº 13.869/2019 — norma moderna que estabelece a responsabilidade dos órgãos públicos por abuso de poder. No contexto dos avisos vermelhos da Interpol, esta lei é essencial para proteger cidadãos e residentes do Brasil contra interferências ilegais, prisões injustificadas e abusos por parte das autoridades. Ela fornece base legal para contestar ações de órgãos nacionais e estruturas internacionais quando há violação das garantias individuais.

Juntos, esses documentos formam um sistema abrangente de regulamentação que permite ao Brasil participar efetivamente do combate internacional ao crime, protegendo simultaneamente os direitos de seus cidadãos e residentes. Eles criam equilíbrio entre cooperação com outros estados, troca de informações no âmbito da Interpol e estrita observância dos padrões nacionais e internacionais de direitos humanos.

Como verificar a existência de um aviso vermelho


Para evitar surpresas desagradáveis e minimizar riscos associados a um possível aviso vermelho da Interpol, é fundamental certificar-se previamente de que não existe tal aviso contra você. A falta dessa verificação pode resultar em prisão inesperada ao atravessar fronteiras, congelamento de ativos, restrição de liberdade de circulação ou outras consequências graves. As principais medidas preventivas incluem:

  • Enviar solicitação à CCF — Comissão de Controle de Arquivos da Interpol. Este órgão verifica a legalidade do processamento de dados pessoais e a correção das informações na base internacional da Interpol. O envio de solicitação permite obter confirmação oficial sobre a existência de avisos ativos e, se necessário, iniciar o processo de contestação ou remoção do aviso. Um advogado especializado ajudará a redigir a solicitação conforme padrões internacionais e nacionais, aumentando as chances de análise bem-sucedida.
  • Verificar listas públicas de pessoas procuradas no site oficial da Interpol — A Interpol publica informações sobre pessoas procuradas, incluindo fotos, data de nascimento, nacionalidade e natureza das acusações. A verificação periódica dessas listas permite detectar antecipadamente a inclusão do seu nome e adotar medidas antes de qualquer intervenção das autoridades. É importante considerar que nem todos os avisos são públicos — parte das informações pode estar restrita ou acessível apenas por canais oficiais.
  • Contatar autoridades locais de segurança pública — Em alguns casos, é útil interagir com a polícia nacional ou órgãos de justiça para esclarecer a existência de avisos e obter informações sobre a situação legal. Contudo, deve-se lembrar que as autoridades locais podem ter acesso limitado à base internacional da Interpol, de modo que a ausência de informações não garante a inexistência de aviso.

Em todos os casos, recomenda-se fortemente a colaboração com um advogado experiente em casos da Interpol. O profissional ajuda a redigir solicitações corretamente, preparar toda a documentação necessária, interagir com a CCF e órgãos nacionais, bem como proteger os direitos e interesses do cliente em todas as etapas da verificação. Esse suporte jurídico reduz significativamente riscos e permite controlar a situação antecipadamente, mantendo liberdade de circulação, condução de negócios e proteção da reputação.

Como contestar um aviso vermelho


O processo de contestação de um aviso da Interpol é complexo e exige apoio jurídico profissional. Um advogado experiente ajuda a minimizar riscos, preparar documentos corretamente e elaborar estratégia de defesa, considerando tanto a legislação nacional do Brasil quanto normas internacionais. O advogado pode:

  • Verificar a legalidade do aviso considerando a Constituição e normas internacionais;
  • Contestar o aviso com base em violações de direitos humanos ou motivação política;
  • Protocolar pedidos de suspensão temporária do aviso até decisão final;
  • Enviar solicitação preventiva à CCF para bloquear o processamento de dados.

Avisos vermelhos da Interpol podem ser removidos antecipadamente mediante solicitação oficial do estado requerente ou decisão do Secretariado Geral da Interpol, caso sejam identificadas violações de normas procedimentais ou fundamentos de emissão. Normalmente, o prazo de validade do aviso é de 5 anos; entretanto, na ausência de prisão do procurado ou por motivos justificados, a solicitação pode ser estendida por iniciativa do estado requerente. A remoção antecipada protege direitos e liberdades, prevenindo restrições de circulação, congelamento de ativos e outras consequências negativas associadas ao status do indivíduo no sistema internacional de busca.

Medidas preventivas e proteção


Se houver risco de emissão de aviso vermelho, o advogado pode apresentar solicitação preventiva à CCF para bloqueio do processamento de dados em estágio inicial. A análise pode levar até quatro meses, mas evita prisão, congelamento de ativos e outras consequências adversas.
Os advogados auxiliam na determinação do momento ideal para submissão da solicitação e na elaboração com todos os argumentos jurídicos. Após o envio, o advogado continua acompanhando o cliente até a decisão final.

Quando um aviso vermelho não pode ser publicado


O Secretariado Geral da Interpol publica avisos vermelhos apenas com estrito cumprimento da legislação internacional e nacional, bem como das normas internas da organização. A publicação é limitada a certas categorias de casos para evitar abusos e proteger direitos individuais. As restrições incluem:

  • Casos relacionados a normas culturais ou de costumes locais, que não são considerados crimes no contexto internacional e podem ter caráter local;
  • Conflitos pessoais, familiares e infrações administrativas, incluindo disputas entre particulares ou organizações, onde a persecução penal não é necessária ou proporcional;
  • Crimes cuja pena não prevê privação de liberdade por período mínimo de dois anos, já que a Interpol foca em delitos graves e relevantes internacionalmente, representando ameaça à sociedade.

Tais restrições garantem equilíbrio entre cooperação internacional eficaz no combate ao crime e respeito aos direitos humanos, prevenindo interferência excessiva ou injustificada na vida privada e liberdades civis.

Remoção de avisos vermelhos por advogados


Nossos advogados da Interpol possuem experiência com a base de dados e procedimentos da CCF, o que permite:

  • Contestar avisos de forma rápida e eficiente;
  • Manter a confidencialidade e a reputação do cliente;
  • Minimizar riscos jurídicos e financeiros;
  • Fornecer abordagem individual e suporte contínuo em todas as etapas do processo;
  • Estabelecer comunicação com a Interpol e representar os interesses do cliente de forma profissional.

Procurar especialistas garante proteção dos direitos e interesses do cliente, assegurando solução justa dentro da legislação brasileira e do direito internacional.

Sahil Malik
Sócio Associado
Sahil Malik é um advogado de defesa criminal e consultor jurídico com mais de 10 anos de experiência na Ordem dos Advogados de Antuérpia, especializado em crime organizado (internacional), extradição e legislação de transferência. Atua principalmente na Bélgica e nos Emirados Árabes Unidos, trabalhando em estreita colaboração com advogados locais de Dubai em casos de extradição para os Emirados. Reconhecido por sua atenção meticulosa aos detalhes e estratégias jurídicas personalizadas, Sahil garante uma defesa sólida e a presunção de inocência em todas as fases dos processos criminais. Fluente em holandês, inglês, francês, hindi e punjabi, combina energia jovem com ampla experiência e conexões internacionais extensas.

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    FAQ`s

    O que é um aviso vermelho da Interpol?

     Um aviso vermelho (Red Notice) é um alerta internacional emitido pela Interpol para localizar pessoas suspeitas ou acusadas de crimes graves em outros países. Ele não constitui automaticamente prisão ou extradição, mas alerta autoridades policiais em países membros sobre a necessidade de atenção especial.

    Como posso verificar se há um aviso vermelho contra mim?

     É possível verificar a existência de um aviso vermelho solicitando informações à Comissão de Controle de Arquivos (CCF) da Interpol, consultando listas públicas no site oficial da Interpol e, em alguns casos, entrando em contato com autoridades policiais locais. A orientação de um advogado especializado é recomendada para garantir precisão e segurança.

    Um aviso vermelho significa que serei preso imediatamente?


    Não. No Brasil, um aviso vermelho não leva automaticamente à prisão. Qualquer detenção ou extradição depende da análise do Supremo Tribunal Federal (STF), que verifica o cumprimento da legislação nacional e internacional, incluindo direitos humanos.

    É possível contestar ou remover um aviso vermelho?


    Sim. Um advogado especializado pode contestar o aviso apresentando argumentos legais, como violação de direitos humanos ou motivação política, solicitar suspensão temporária do aviso e protocolar pedidos preventivos na CCF. A remoção antecipada pode ocorrer por decisão do estado requerente ou do Secretariado Geral da Interpol.

    Quais são os riscos de um aviso vermelho ativo no Brasil?


    Um aviso vermelho ativo pode causar prisão ao atravessar fronteiras, congelamento de contas bancárias e ativos financeiros, restrições à atividade profissional ou empresarial e impactos na reputação. A consultoria jurídica especializada ajuda a minimizar esses riscos e proteger os direitos do indivíduo.

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